Brasil 2007-08-15
Armas e
Rosas
CAPITULO I
Fisher
Um intenso dia de amor ( Primeira ida
a grande SP de trem ) São Paulo 25 de maio de 1993
Transcrever posteriormente, em um
ambiente e situações diferentes de Roberta em Nova York em sua busca no ano de
1980.
Respeito suas propriedades e isto é
seu Willian Axl Rose.
Música Duran Duran
Quando entrei no trem
comecei a reparar em tudo, por ser minha primeira viagem aqui em Nova York,
rumo a esta metrópole, o trem de subúrbio, a cada minuto adentrava uma pessoa
diferente. Até chegar a uma estação uma das vinte que esperaria até chegar ao
destino, entrou um homem, aquele que seguia, aquele que procurava a tanto
tempo, eu e Shepard, que logo fez um sinal afirmativo de que era ele, não é um
homem é um rapaz, não consigo identificar sua idade, um cara muito estranho,
altura mediana, magro, cabelos ruivos e compridos, os olhos fundos e tristes,
mas de um semblante muito bonito.
Logo neste primeiro
instante me chamou a atenção, inconscientemente ele percebeu e olhou pra mim, e
fiz o mesmo, ficamos alguns segundos a nos observar. Surpresa, percebi que
nunca sentira algo assim antes, dou um suspiro, e uma vida inteira se passa
diante a mim e a ele. De repente o trem para em uma estação escura e deserta e
quando estava prestes a fechar as portas ele pega com força em minha mão e me
tira sem nada me dizer do trem, e o mais impressionante de toda esta história é
que me deixei ir, e ouvi uma voz dentro de meu ser dizendo que fosse com ele.
Imediatamente
Shepard, meu secretário que estava comigo levanta e grita pela janela
desesperado, mas infelizmente ou felizmente eu não o escuto por causa do ruído
ensurdecedor do trem.
Olho mais uma vez em
seus olhos de um azul glacial e dou um sorriso, e ele começou a dar uma
gargalhada:
_Sou um cara realmente louco, há há
há.
Não
digo nada e apenas o observo. Nós nos beijamos pelo impulso do amor inesperado
e que chega em horas que a gente não espera.
Esta
muito frio, talvez por estarmos no outono, e não há luz alguma, apenas um vazio
de concreto a nossa volta e a luz da lua iluminando. Começamos a seguir a linha
do trem, involuntariamente meus dentes começaram a bater com o frio, ele tirou
sua jaqueta de couro e me esquentou, à séculos não me sentia tão bem e
completa.
O
matagal estava quase encobrindo a linha e mais uma vez paramos no caminho e
começamos a nos abraçar, e nos beijar, quando nos demos conta estávamos
agarrados um ao outro em completa reciprocidade, continuamos a nos acariciar e
nos beijar, ele quer tirar minha roupa mas não o deixo, fiquei muito tempo sem
ter relações com qualquer um, não me entregarei assim tão facilmente. Depois de
toda explosão de amor ficamos abraçados como se uma força não nos deixasse
separar, e o mais estranho é que ficamos calados olhando o céu e nos
acariciando como se as palavras não fossem necessárias.
O
silêncio se quebra e ouvimos o ruído de sirenes em meio ao matagal e luzes de
todos os tipos de cores. Levantamos rapidamente e nos vestimos, começamos a
correr em direção a escuridão, pensei em como Shepard poderia ser tão rápido em
avisar os tiras, quando enfim chegamos em uma estação, ainda ofegantes ele diz:
_Melhor pegarmos o metro, lá será
difícil de nos encontrarem.
_Esta bem. – digo.
Jamais
o deixaria agora, após tantas investigações o único que chegamos mais próximo
de ser Fendrue é este rapaz, depois de tudo posso perceber que tem em torno de
dezoito anos, sua pele é macia e quase transparente deixando a mostra suas
veias, assim como Fendrue era, Fenelon, Frederick, Fedro. Realmente a
semelhança é assustadora, tenho vontade de sugar seu sangue pulsante nas veias
e através do paladar decifrar se realmente é uma de suas encarnações ou mesmo
descendência. Possui um aspecto maduro para sua idade, pelas duras experiências
da vida talvez.
Entramos em um dos
vagões do metrô, e por conhecidencia também é minha primeira vez, minha
primeira viagem no distrito de New York, sinto meus ouvidos taparem, não vejo
muitas pessoas, apenas alguns humildes passageiros, olhando para o vazio, que
sequer notam que entramos:
_O que estava acontecendo? – pergunto
- Porque a policia estava atráz de nós?
_Porque sou um cáften, e trafico
drogas, alem de consumi-las.
_Quanta boa noticia ao mesmo tempo. –
digo ironicamente.
Ele
dá um riso irônico:
_Gosto de ser sincero. – Ele continua
sem olhar-me nos olhos - Não sei porque fiz aquilo no trem, tinha outros planos
para esta noite, mas foi mais forte que mim mesmo. Desculpe-me de tirar você do
vagão daquela maneira.
_Foi uma das melhores coisas que fiz
em minha vida em anos.
_Como em anos? – Ele diz – Aparenta
ser uma adolescente, não tem mais que quinze.
_É uma longa história – digo – já vivi
mais que muitos reles mortais que vagueiam por ai...
_Também é viciada? Posso arranjar
qualquer coisa, cocaína heroína, LSD, Mary Jane.
_Não, gosto de um vinho de vez em
quando e é só. – Antes que dissesse qualquer coisa o interrompo – Mas preciso
antes de mais nada saber uma coisa. Qual o seu nome? – Pergunto.
_Não disse meu nome? Realmente estou
ficando cada dia com meu cérebro mais prejudicado há há há... – ele me olha
mais uma vez surpreso, como se em instantes acordasse de um feitiço e depois
tornasse a estar inconsciente – Fisher.
_Meu nome é Roberta, Fisher. Realmente
como disse tenho quinze anos, e você?
_Tenho dezoito e também posso dizer
que vivi mais que muitos reles mortais, talvez mais que você...
_Aonde vamos?
_Para o Broklin, tenho um pequeno
apartamento lá.
_Ok.
EU TE AMO
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