segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Brasil 2007-08-15


Armas e Rosas


CAPITULO I

Fisher
Um intenso dia de amor ( Primeira ida a grande SP de trem ) São Paulo 25 de maio de 1993
Transcrever posteriormente, em um ambiente e situações diferentes de Roberta em Nova York em sua busca no ano de 1980.
Respeito suas propriedades e isto é seu Willian Axl Rose.
Música Duran Duran

Quando entrei no trem comecei a reparar em tudo, por ser minha primeira viagem aqui em Nova York, rumo a esta metrópole, o trem de subúrbio, a cada minuto adentrava uma pessoa diferente. Até chegar a uma estação uma das vinte que esperaria até chegar ao destino, entrou um homem, aquele que seguia, aquele que procurava a tanto tempo, eu e Shepard, que logo fez um sinal afirmativo de que era ele, não é um homem é um rapaz, não consigo identificar sua idade, um cara muito estranho, altura mediana, magro, cabelos ruivos e compridos, os olhos fundos e tristes, mas de um semblante muito bonito.
Logo neste primeiro instante me chamou a atenção, inconscientemente ele percebeu e olhou pra mim, e fiz o mesmo, ficamos alguns segundos a nos observar. Surpresa, percebi que nunca sentira algo assim antes, dou um suspiro, e uma vida inteira se passa diante a mim e a ele. De repente o trem para em uma estação escura e deserta e quando estava prestes a fechar as portas ele pega com força em minha mão e me tira sem nada me dizer do trem, e o mais impressionante de toda esta história é que me deixei ir, e ouvi uma voz dentro de meu ser dizendo que fosse com ele.
Imediatamente Shepard, meu secretário que estava comigo levanta e grita pela janela desesperado, mas infelizmente ou felizmente eu não o escuto por causa do ruído ensurdecedor do trem.
Olho mais uma vez em seus olhos de um azul glacial e dou um sorriso, e ele começou a dar uma gargalhada:
_Sou um cara realmente louco, há há há.
            Não digo nada e apenas o observo. Nós nos beijamos pelo impulso do amor inesperado e que chega em horas que a gente não espera.
            Esta muito frio, talvez por estarmos no outono, e não há luz alguma, apenas um vazio de concreto a nossa volta e a luz da lua iluminando. Começamos a seguir a linha do trem, involuntariamente meus dentes começaram a bater com o frio, ele tirou sua jaqueta de couro e me esquentou, à séculos não me sentia tão bem e completa.
            O matagal estava quase encobrindo a linha e mais uma vez paramos no caminho e começamos a nos abraçar, e nos beijar, quando nos demos conta estávamos agarrados um ao outro em completa reciprocidade, continuamos a nos acariciar e nos beijar, ele quer tirar minha roupa mas não o deixo, fiquei muito tempo sem ter relações com qualquer um, não me entregarei assim tão facilmente. Depois de toda explosão de amor ficamos abraçados como se uma força não nos deixasse separar, e o mais estranho é que ficamos calados olhando o céu e nos acariciando como se as palavras não fossem necessárias.
            O silêncio se quebra e ouvimos o ruído de sirenes em meio ao matagal e luzes de todos os tipos de cores. Levantamos rapidamente e nos vestimos, começamos a correr em direção a escuridão, pensei em como Shepard poderia ser tão rápido em avisar os tiras, quando enfim chegamos em uma estação, ainda ofegantes ele diz:
_Melhor pegarmos o metro, lá será difícil de nos encontrarem.
_Esta bem. – digo.
            Jamais o deixaria agora, após tantas investigações o único que chegamos mais próximo de ser Fendrue é este rapaz, depois de tudo posso perceber que tem em torno de dezoito anos, sua pele é macia e quase transparente deixando a mostra suas veias, assim como Fendrue era, Fenelon, Frederick, Fedro. Realmente a semelhança é assustadora, tenho vontade de sugar seu sangue pulsante nas veias e através do paladar decifrar se realmente é uma de suas encarnações ou mesmo descendência. Possui um aspecto maduro para sua idade, pelas duras experiências da vida talvez.
Entramos em um dos vagões do metrô, e por conhecidencia também é minha primeira vez, minha primeira viagem no distrito de New York, sinto meus ouvidos taparem, não vejo muitas pessoas, apenas alguns humildes passageiros, olhando para o vazio, que sequer notam que entramos:
_O que estava acontecendo? – pergunto - Porque a policia estava atráz de nós?
_Porque sou um cáften, e trafico drogas, alem de consumi-las.
_Quanta boa noticia ao mesmo tempo. – digo ironicamente.
            Ele dá um riso irônico:
_Gosto de ser sincero. – Ele continua sem olhar-me nos olhos - Não sei porque fiz aquilo no trem, tinha outros planos para esta noite, mas foi mais forte que mim mesmo. Desculpe-me de tirar você do vagão daquela maneira.
_Foi uma das melhores coisas que fiz em minha vida em anos.
_Como em anos? – Ele diz – Aparenta ser uma adolescente, não tem mais que quinze.
_É uma longa história – digo – já vivi mais que muitos reles mortais que vagueiam por ai...
_Também é viciada? Posso arranjar qualquer coisa, cocaína heroína, LSD, Mary Jane.
_Não, gosto de um vinho de vez em quando e é só. – Antes que dissesse qualquer coisa o interrompo – Mas preciso antes de mais nada saber uma coisa. Qual o seu nome? – Pergunto.
_Não disse meu nome? Realmente estou ficando cada dia com meu cérebro mais prejudicado há há há... – ele me olha mais uma vez surpreso, como se em instantes acordasse de um feitiço e depois tornasse a estar inconsciente – Fisher.
_Meu nome é Roberta, Fisher. Realmente como disse tenho quinze anos, e você?
_Tenho dezoito e também posso dizer que vivi mais que muitos reles mortais, talvez mais que você...
_Aonde vamos?
_Para o Broklin, tenho um pequeno apartamento lá.
_Ok.




EU TE AMO

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